COSTA / Interação lixo
As tartarugas marinhas são consideradas espécies vulneráveis à poluição marinha pois sofrem efeitos letais ou sub-letais quando confundem o lixo marinho com comida ou em situações de aprisionamento/emaranhamento (Matiddi et al. 2019). Presentemente, a quantidade de plásticos que entra nos oceanos está estimada entre as 4-12 milhões de toneladas, pelo que as probabilidades de interacção de tartarugas marinhas com plásticos são elevadas, sobretudo nos juvenis oceânicos que se encontram nos Açores. No âmbito dos projetos AZORLIT e LIXAZ, a equipa COSTA está a investigar a ingestão de lixo marinho nas tartarugas que aparecem mortas na região. Até agora, os nossos resultados mostram que 83% dos indivíduos estudados tinham ingerido plásticos (Pham et al. 2017).
Os investigadores do COSTA estão também envolvidos no projeto Europeu INDICIT I & II de apoio a DQEM que tem como objetivo monitorizar as tartarugas como indicadores da presença e impacto do lixo nos oceanos (descritor 10). As tartarugas marinhas são particularmente vulneráveis ao lixo marinho com elevadas taxas de ingestão de plástico. A monitorizaçao da ingestão de lixo pelas tartarugas pode servir de ferramenta para avaliar a eficiência de medidas que estão a ser implementadas para reduzir a quantidade de lixo que entra nos oceanos. O COSTA fornece informação que permite melhor compreender e aperfeiçoar os limites e o potencial de utilizar as tartarugas marinhas como indicadores.