As primeiras marcações de tartarugas marinhas nos Açores foram realizadas no final da década de 60 por Dalberto Pombo, naturalista amador da ilha de Santa Maria. Este esforço foi possível com a ajuda do Dr. Archie Carr da Universidade da Flórida dos Estados Unidos da América. Em 1982, o programa de marcação iniciou-se com a colaboração Dra. Helen Rost Martins da Universidade dos Açores. Esta programa surgiu para responder à teoria levantanda pelos investigadores Archie Carr e Leo Brongersma intitulada “Ano perdido”, i.e. nas praias de nidificação da Flórida só se avistam pequenas tartarugas de 5 cm acabadas de eclodir e jovens adultos com 50-55cm de comprimento de carapaça e adultos de maiores dimensões. O paradeiro das tartarugas de tamanho intermédio (i.e. juvenis oceânicos) durante este período era um mistério. A teoria foi comprovada através da partilha de dados entre os cientistas da EUA e dos Açores, nomeadamente de comprimentos de carapaça, tartarugas marcadas nos Açores e posteriormente recapturadas nas caraíbas e na costa leste dos EUA, e através de estudos de genética. O programa de marcação continuou com o objectivo de recolher mais informação sobre aspectos demográficos das populações de tartarugas marinhas, taxas de crescimento individuais, tempos de residência no habitat, padrões de movimentos e arrojamentos.